quarta-feira, 18 de maio de 2011

DIÁRIOS CARIOCAS

Bom galera, finalmente, nesta terça feira, dia 17/05, os melhores surfistas do mundo entraram em ação aqui no RJ. O palco não poderia ser melhor escolhido, o berço do surf carioca, Arpex!
As ondas tinham um tamanho, mas eram prejudicadas pelo vento, que variou de intensidade durante o dia todo, modificando bastante as condições a cada bateria.
Os brasileiros infelizmente não foram bem, apenas Jadson André passou direto para o roudn 3 do evento. Todos os outros terão que enfrentar a repescagem que rolará amanhã, quarta feira, dia 18/05.

Foto: © ASP / Cestari.

Destaques individuais - Taj, KS, Jadson, Taylor, Dan Ross e Jeremy. Com destaque negativo para Joel Parkinson, que caiu em TODAS as ondas que surfou. Que ressaca! Achei que australiano aguentava melhor a cana.

OS BRASILEIROS

Heitor Alves foi o primeiro a cair na agua, logo as 7 e 30 da manhã, eu e o Rabujento pegamos um transito danado, mesmo acordando as 5 da matina, chegamos ao local do evento com 10 minutos de bateria rolando, mas deu pra ver que na verdade o Heitor não achou as ondas, tanto ele quanto Bobby Martinez foram amplamente dominados por Owen Write que realmente quebrou a bateria e mereceu passar.
Heitor parecia um pouco puto logo após a bateria, pois sabia que se pegasse as ondas certas, daria trabalho a Owen. Com esse sangue no olho, esperem grandes coisas de Heitor na repescagem.

Na terceira bateria do round 1 Taj Burrow, que carinhosamente chamo de Taj Burrão, deu uma aula de competição nos dois jovens competidores catarinenses, Alejo Muniz e Ricardo dos Santos. Taj, malandramente, observou que as ondas maiores abriam realmente após a primeira sessão, que era praticamente intransponível para quem dropava no pico. Desta forma, se posicionando no rabo das ondas da série Taj fez já nas duas primeiras ondas um 7 alto e um 8 e pouco, com um belíssimo aereo rodando de back. Alejo surfou com sua habitual classe, mas suas ondas eram mais curtas do que de Taj. Mais no final da bateria Ricardinho se levantou com uma onda mto bem surfada, um 8, mas foi suficiente apenas para sair da combinação.


Foto: © ASP / Kirstin.


Na quarta bateria Simão Romão enfrentou Mick Fanning, o Mick Fanho e o havaiano Dusty Payne (marrentinho). Simão foi pra uma estratégia parecida com a de Alejo e Ricardo, mas com suas experiência conseguia passar a primeira sessão das ondas maiores. Na minha opinião, inclusive, Simão foi mal julgado em duas oportunidades, nada que mudasse o resultado, mas são informações que podem mudar a bateria, como por exemplo o fato dele precisar de um 8 e tal para passar ao invés de um 6 e tal, mas enfim, achei que o Simão pegou as maiores ondas, manobrou sempre no crítico enquanto Fanho e Dusty Mala ficavam no inside pegando ondas pequenas. Mick passou com folga.

Na quinta bateria, Igor Morais, teve a melhor chance de um brasileiro até então. Enfrentando Jordy Smith e Patrick Gudauskas numa bateria de poucas ondas boas surfadas, Igor, com um pouco mais de calma poderia ter passado a bateria, no final ficou precisando de mto pouco para passar. Ele caiu mto da prancha, mas aplicou a melhor pancada do campeonato até aquele momento, ganhando um 4 e pouco dos juízes por uma manobra só.


Foto: © ASP / Kirstin

Na sexta bateria, KS, Peterson Crisanto e Julian Wilson. Julian começou com tudo, surfando mto rápido e preciso de back. Peterson parecia meio perdido no mar, pegou algumas boas mas estava caindo mto da prancha. KS (Carlos Leite), usou uma tática parecida com a do Taj, pegando o rabo das ondas da série. Pegou mtas ondas e foi construindo um score, até achar uma nota 9 que colocou Julian e Peterson em situação complicada. Julian até tentou, mas Carlos Leite é foda. Ainda fez um belo tubo de back saindo limpo e aplicando uma bela panca na junça do Arpex. Detalhe é a muvuca para entrada e saída do mar do Carlos Leite.

Na sétima bateria veio a redenção brazuca. Jadson fez com os gringos o que o Taj fez com os brasileiros em sua bateria. Jadson surfou mto bem suas ondas, competiu mto bem na verdade, fez duas ondas bem manobradas para garantir o score e depois começou a arriscar para trocar as notas. Acabou achando o melhor tubo do dia para fazer sua segunda melhor nota e passar com certa tranquilidade para o round 3. Gabe Kling, que eu acho um prego, até que surfou bem, mas como sempre não fez nada demais e em nenhum momento ameaçou Jadson. Bede Durbridge, que eu chamo de Bebe e Dirige, continua seu calvário em 2011, caindo mto da prancha. Seus resultados são mto pouco pra quem já foi campeão dessa etapa, Pipemaster e Vice campeão do mundo. Parece que surfava melhor qdo não tinha patrocínio. Do jeito que está logo, logo ele volta a surfar bem.

Na nona bateria, Raoni Monteiro surfou mto bem, mas continua sem vencer uma bateria sequer em 2011. Raoni é um cara que sempre me surpreende, positivamente e negativamente. Seu surf nunca foi dúvida para ninguém, capaz de todas as manobras tendo como características principais o power e o go for it, mas parece que as vezes leva azar nas competições. Normalmente perde surfando bem e por pouco, e foi exatamente o que aconteceu. Damien levou vantagem por ester de frontside numa hora de vento forte e ondas bem mexidas. Tiago Pires tbém estava na bateria e surfou bem, mas a disputa ficou mesmo entre Raoni e Damien.

Na décima primeira do dia foi a vez do Mineirinho. Adriano fez tudo certo na sua bateria e com seu score passaria a maioria das baterias, mas levou azar. Dan Ross achou um tubão de back no arpex, saindo no gas e aplicando um flooter gigante em seguida. Mineiro ainda fez um 8,5, maior nota da bateria, numa onda mto bem surfada, mas precisava de 8,6 e caiu pra repescagem.

É isso ae pessoal, nas próximas atualizações falaremos da repescagem.

Abç

Dr.

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